terça-feira, 19 de maio de 2009

Professora de Psicologia

Hoje vi nas notícias o comportamento indigno de uma professora de história, com alunos de 12 e 13 anos. A mulher, que na gravação disse ter um filho da idade dos seus alunos (coitado do miúdo!), não leccionava nada nas aulas. Limitava-se a intimidar, insultar e criar um clima de terror na sala. Toda a conversa que tinha, ia dar a sexo. Falou de "cuequinhas molhadas", beijos de "linguado", romanos a fornicar mulheres...
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Fiquei-lhe cá com um pó! Se tivesse um filho ali, eu, que sou tão calminha, se me apanhassem no calor do momento...
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Este triste caso da professora maluca que dá cabo da sanidade mental dos alunos, fez-me recordar alguns episódios do meu percurso escolar. Também tive uma parecida a esta, no sentido em que ia para ali mas não dava matéria. Limitava-se a falar de si, do seu corpo bem conservado para a idade de 40 anos, que nem parecia ter um filho da nossa idade (18 e 20), e mostrava-nos o sotien e a mini-saia, enquanto falava das suas pernas...
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Fique claro que esta professora do noticiário, tal como a minha, estava a falar de si. Dos seus desejos, das suas taras. Mas a descarregar nos miúdos, cuja juventude decerto inveja.
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Este tipo de pessoas dispensam-se bem do convívio diário. Pobres miúdos! Deviam ser indeminizados. Lembro que o que mais me indignou na minha professora (de psicologia) foi o último comportamento que teve para comigo. No final do ano, no fim das 2 horas de prova global. Eu ia a sair da sala e ela, que se encontrava na porta do lado de fora a seduzir com falinhas mansas um professor, à minha passagem fez um comentário onde dava a entender que se preocupava:
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-"Então, correu bem o teste? Tenho a certeza que sim, conheço a XXXX muito bem".
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Ia para lhe responder, mas depois, talvez devido ao cansaço, limitei-me a sorrir e a afastar-me.
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- Você não me conhece, a maior parte das vezes nem sabe o meu nome. Só me dirigiu a palavra a fingir simpatia para impressionar o homem com quem está a falar" - algo assim quase quase saiu da minha boca, de forma muito espontânea. Mas antes de sair, algo o travou. Teria sido um comentário tão genuíno e inesperado, que a teria deixado atónita e sem palavras. E teria a desmascarado, ao mesmo tempo que dava a entender que não era estúpida. Ela bem o merecia. Mas calei-me, como, aliás, sempre o fiz e também sempre o fizeram estes alunos do noticiário. Até que os tempos e a tecnologia (de que eu não dispunha) deram uma ajudinha...
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Bem feito! Que criaturazinha detestável, esta «stôra»!
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Ainda hoje sinto repulsa só de pensar que o último gesto da minha professora para comigo, foi o de me usar para seduzir um homem. Mete-me nojo. Ela queria lá saber de mim! Estava a falar para ele. Quase a desmascarei. Mas poupei-a... não recomendo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Legalizar poços??

Esta que me chega através do programa "Nós por cá" é daquelas que me deixa o sangue a fervilhar...

Uma «norma» europeia diz que se precisa declarar (e como!) todos os poços, furos, minas, barragens, noras, charcos e fossas do país. A coima (multa) não é nada amiga: Um mínimo de 25.000.€!

E quem é que tem esta quantia para pagar?? Os agricultores do país, muitos deles ainda analfabetos e envelhecidos, são por acaso milionários disfarçados?

Este CRIME fez a população entrar em pânico. Correram à entidade reguladora para registar antes do prazo terminar: no final deste mês! Os papéis que têm de preencher são burocráticos até mais não. Só um engenheiro formado que se desloque ao local para recolher dados relaccionados com o caudal é capaz de preencher umas parcas alíneas.

Cordenadas militares, uma planta numa escala de 1 para 5000, caudal máximo instantâneo... tudo informação que qualquer pessoa com a 3ª classe sabe facilmente dar, não é?

Mas de onde vem esta pressa para iventariar os recursos naturais hídricos de Portugal? A intenção é proteger os recursos hídricos ou controlar e retirar água daqueles que a têm? Afinal de contas, e a preocupação com as águas poluídas que as fábricas e empresas despejam nos rios? Quantas vezes as populações de locais fazem manifestações, apelos, chamam a atenção para a poluição das águas e nada é feito para inverter a situação?

Mas ao "Zé Povinho" apontam rapidamente o dedo e acusam-no de estar ILEGAL e ameaçam-no que terá de pagar uma COIMA MILIONÁRIA!

E lá vão as pessoas pacatas deste país, a correr para não serem ilegais...

Mais uma vez, a preocupação está pouco focada na questão central: a qualidade da água. O controle dos desperdícios. De tudo o que há neste país, a ameaça paira sobre o indivíduo pacato que rega a horta com 3 baldes de água.. Ãh! Que Portugal!


"É para saber o que está no mundo" - diz Albertina, 74 anos, proprietária de um poço em Constância, Santarém. E deve estar com a razão. A questão também é saber que intenção REAL existe por detrás de tamanha façanha. Ninguém me tira da cabeça que, o que sempre aconteceu pelo mundo, é o que vai continuar a acontecer. Os mais ricos vão roubar dos mais pobres. Ainda vem por aí outra "norma" Europeia a dizer que os portugueses só podem consumir um percentagem de água, por cabeça, e se a ultrapassar paga coimas MILIONÁRIAS... entretanto também vai sair outra norma a dizer que os países mais abençoados têm de facultar outra percentagem de água para ser distribuída para os países RICOS na economia mas pobres em recursos naturais. E no entanto, a preocupação MUNDIAL ou Europeia com a falta de água de África é o que é...

Cínicos!


O meu sonho para a velhice passava por viver num sitiozinho com uma casinha o mais autosuficiente possível. Não pagar água canalizada, nem electricidade, nem ter contas "disto e daquilo" para pagar... simplicidade, conforto e liberdade. Já vi que tenho de dizer quantas vezes tomo banho e quanta água uso. Cada gota!


Está na minha forma de ser economizar os recursos. Sempre o fiz. Lâmpadas económicas, duche em vez de banho e com torneiras fechadas (o que é muito difícil tendo em conta que em Portugal ter água temperada no momento do girar da torneira é algo que nunca me aconteceu, nem a viver num R/C, nem num 5º ou 10º andar). Muitos banhos frios! A sorte é que prefiro-os assim.


Mas um dia gostava de saber o que é poder usufruir da água de outra forma, como por exemplo, descobrir o que é ter uma piscina e desperdiçar toda aquela água...


Não há uma norma Europeia que controle a quantidade de água que os ricos usam em piscinas e mega banheiras de hidromassagem? E que tal tornar obrigatório a declaração da existência de banheiras de grandes dimensões, piscinas e lagos artificiais em propriedades e condomínios privados de luxo?


Ora fica a ideia...