domingo, 27 de dezembro de 2009

Para reflectir... sociedade da blogosfera

Tenho andado a navegar por blogues, como uma viciada. Sinto necessidade de "ler" outras pessoas, partilhar delas, com elas, etc...
Encontra-se, aqui e ali, coisas, no mínimo, singulares. Decidi fazer um post só sobre estas "paragens". É interessante. Dá que pensar...

1- DE: (http://coisasquemelembro.blogspot.com/)
Já tinha idade para ter juízo...
Hoje comi uma pita...Já não comia uma há muito tempo.Não era nada de especial.
Publicada por João em 20:37 8 comentários
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Faz falta parar... É preciso estarmos connosco e reconhecer as nossas fragilidades ...
Por que associamos fragilidade a fraqueza????
Publicada por mjf em 9.12.09 23 comentários

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Só para registo no meu diário, tenho trocado emails com a A.. Sinto que poderei vacilar caso a veja outra vez e estou a controlar-me muito, muito, muito para não deixar que isso aconteça. Estes dias fora, vão de certeza arrefecer essa vontade, até porque a relação com a minha mulher está numa fase deliciosa e não quero perturbar isso. Mas voltar a falar com ela fez-me sentir muito bem. Demasiado bem. Esta relação é uma incognita que nem sempre consigo gerir. É uma questão que irei abordar nos meus votos do ano novo, junto ao mar, no dia 1 de Janeiro.
Publicada por Mr. Me em 08:49 4 comentários
Stupid thought...
A mais ou menos três meses do meu casamento, deixem-me que vos diga, que casava já hoje com a Susana Bento Ramos...Ontem tive a oportunidade de trocar três dedos de conversa com a miúda e... Meu deus, que espectáculo.
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Hoje, enquanto almoçava com a minha mãe, vi passar duas pessoas do Querido, mudei a casa, chamei-lhe a atenção.Mãe: têm ar de tiahs...Eu: pois, são um bocado.Mãe: tinham de ser senão o programa não se chamava assim..Eu: ?Mãe: chamava-se epá, mudei a casa...Ok mãe.

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5. (comentário ao post Gajas a Saldos, em: http://coisasdegajo.blogs.sapo.pt/50948.html)
O mundo tá todo espatifado...o sexo transformou-se numa qualquer coisa banal que se oferece de bandeja sem pudor. As gajas tão a ficar loucas depois admiram-se que os gajos virem panilas...tanta oferta...e de graça...ou em saldos...
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"no fim do jantar fui à casa-de-banho urinar, que é uma palavra medonha, mas sempre é melhor que mijar, no urinol estavam duas barras de cheiro, não faço ideia como se chama aquilo, mas eram barras e cheiravam bem, pelo menos quando direccionei as quatro imperiais directamente sobre elas libertaram uma fragância agradável, o certo é que não as parti, foi aqui que entrei neste combate, porque todos os homens quando vão urinar e se deparam com barras de cheiro ou bolas de naftalina querem ser os tais, os que arrebentam com elas, as partem em duas, ou as desfazem, que é a suprema glória, não levem a mal, é o espírito de competição que está em nós, (...) mas estas barras eram recentes, devo ter sido o décimo quinto a urinar-lhe em cima, de modo que se voltar a este restaurante em janeiro tenho grandes hipóteses de ganhar isto, se o conseguir basta chegar ao balcão e dizer ao dono 'já está', e ele, em bom estilo maçónico, vai a um saco preto escondido numa prateleira, tira de lá uma taça e dá-ma, eu agradeço com um aceno de cabeça e saio discretamente, o dono pega então noutra barra de cheiro e mete no urinol, o primeiro homem que lá for percebe logo, pelo bom estado da barra, que acabou de sair o grande prémio a alguém, a vida na cidade é assim mesmo, muita tensão e competição, ligas e superligas privadas, coisas em códigos que só nós percebemos."

sábado, 26 de dezembro de 2009

Natal 2009

Uma coisa que sempre me agradou é que o Natal sempre significou, para mim, reunir todas as pessoas em casa. Não sei, só posso imaginar, o que é um Natal diferente. Por mais lamúrias que escute, acredito que este ritual é valioso. Vivemo-lo sem lhe saber dar o devido valor. Eu, que sempre fiz de tudo para que ele não deixasse de se cumprir, ponho-me a pensar, daqui a uns anos, quando eu for a senior da família, que Natal vou ter... Sem filhos, em famílias que cada vez são menos numerosas... onde estarão todas estas pessoas quando a distância dos anos for maior?
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Este Natal foi mais um que cumpriu a tradição. Mas deixou um ligeiro presságio. Todos pareciam estar com pressa para sair. Chegaram, comeram do bom e do melhor e partiram, com se estivessem num restaurante, com a vantagem de ser tudo grátis. E, um evento que foi planeado durante semanas, ao qual se dedica tanta energia e pensamento, ao qual todos esperam vir, acaba assim, rapidamente, quase que nem dei por ele...
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E estou só e sem comida. Outra vez...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O futuro à frente

Ontem vi o meu futuro passar à minha frente.

Ontem vi uma senhora idosa a puxar um carrinho e um saco. Ia curvada, como se a carga lhe pesasse este mundo e o outro. Mas não. Era leve, constituída de coisas leves, como ramos secos. Muitos passavam por ela e nem sequer a viam. Quis interpelá-la, perguntar-lhe se precisava de ajuda. Mas que ajuda podia eu dar, se eu própria também estava como uma mula de carga? Algo naquela senhora chamou-me a atenção assim que lhe pus os olhos em cima. E sabia o que era. Ela era eu. Eu, era ela. Vê-la era como que adivinhar o meu futuro. Burra de carga… agora idosa, por quem todos passam sem oferecer ajuda, sem olhar duas vezes. Aparentemente só e com dificuldades financeiras, para se dedicar à venda ambulante desta forma.

Não sei se a responsabilidade é da quadra natalícia, mas tenho sentido vontade de ajudar alguém. Não em contribuir para uma “causa”, das muitas que se estendem aos nossos pés nesta altura. Mas para situações singulares e imediatas. Como esta senhora, a quem quis ajudar mas não tinha como e como o mendigo que, por duas vezes, tinha visto em dias anteriores. Não sei que tipo de ajuda poderia facultar. Talvez não muita mas, se calhar, toda a que, no momento, seria mais necessária… força de músculo jovem alguma coisa para se comer.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Bullyng no emprego - continuação

Acordei com a imagem viva do que se passa no emprego. Sou vítima de bulling, practicamente desde que lá cheguei. Dois colegas (homens) começaram a ter uma atitude superior para comigo, dando-me ordens sem qualquer legitimidade para o fazer. Maldizendo o meu trabalho, sem qualquer razão para o fazer. Mandando-me refazer as coisas várias vezes, quando estiveram sempre bem feitas e não têm qualquer legitimidade para o fazer. Quanto mais eu fiz e sem refilar, mais estes me perseguiram. Sempre pensei que fossem daqueles comportamentos iniciais, que depois passavam. Daquelas parvoíces que algumas pessoas inseguras e insatisfeitas consigo mesmas sentem-se compelidas a tomar. Estão iradas e descontam nos outros. Eventualmente, aquilo passava-lhes - pensei. Mais ainda - pensei, diante da minha tranquilidade, o meu profissionalismo, a minha postura digna e honrada, de não os denunciar e não lhes retribuir na mesma moeda (com tantas hipóteses que tive para fazê-lo)!
Já se passou um ano e continuo, acerrimamente, a ser alvo de bulling.
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Hoje acordei com o "peso" de tudo isto em cima. Todas as situações vieram à minha cabeça. Revivi cada uma, percebi o perigo que estava a correr em armadilhas que me estão a tentar montar.
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A minha forma de ser e a minha dedicação a um trabalho bem feito tem dificultado a implicância de um dos agressores. Eles procuram incessantemente a coisa mais mínima para poder me enfraquecer e dar a impressão geral que não fiz o meu trabalho decentemente. Mas neste ano inteiro que passou, mesmo atolada em excesso de trabalho, com montes de pormenores que não podia esquecer de dar atenção, com coisas a cair no meu colo no último minuto, EU não falhei. Ao contrário: fiz um trabalho a merecer 3 medalhas de ouro e outra de platina (veio-me este "valor" à cabeça sem mais nem menos e percebi que está certo...).
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Ontem, segunda-feira, pela primeira vez, não estive a trabalhar da parte de manhã. Bem... ás 11.30 h já estava a trabalhar, pelo que, também não é justo dizer que não trabalhei da parte da manhã... não trabalhei das 9.00 às 11.30 - 2h30 apenas. Fui fazer um exame médico e tinha avisado toda a gente disso. Tendo indo trabalhar no Sábado e estando lá o tal colega que me maltrata, estranhei os seus modos mais "doces" que o habitual e estranhei também que a sua última pergunta tenha sido "Segunda-feira não vez, é isso?" - parecia que se preocupava com isso! Respondi-lhe que só da parte da manhã, que de tarde estaria lá.
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Neste periodo de tempo em que trabalho, não me ausentei do local de trabalho mais que 2 dias. Dias esses procedidos de muito trabalho, excesso de horas, muito bulling e pura exaustão, para que as coisas pudessem ficar prontas no limite do prazo. Ontem quando lá cheguei, a primeira coisa que este tipo me faz é chamar-me para apontar aquilo que julga ser um erro de minha parte. Logo de seguida critica-me por isso. Depois realça mais "erros" meus: não lhe deixei em cima da mesa uma lista que me ordenou que fizesse 15 minutos antes de se ter ido embora no Sábado, estando eu assoberbada de tarefas. "Pediu-a" em cima da hora, mas não para ele. Era para outra pessoa. E foi a essa pessoa que direccionei a dita, que deixei entre papéis na minha secretária. Depois acusou-me de ter feito a lista "muito mal feita", muito incompleta. Afinal, tinha a lista na mão! Foi á minha secretária e, sem autorização, mexeu nos meus papéis, no recado que tinha deixado para a colega, e extraiu de lá a lista, fazendo uma fotocópia para si! Que esmero, que profissionalismo, deixem-me dizer...
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Era para isto que queria confirmar o meu horário na segunda-feira... para se sentir "há vontade" para aprontar das suas.... que merda de ser humano! Ainda reparei, com espanto, um dos dossiers onde guardo as coisas, que são para minha consulta, estava mexido e tinham deixado um objecto no interior, a marcar uma página. Quando fui ver, era a página que remetia para o erro que me quis incutir assim que me pôs a vista em cima! Que verme!
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Quando uma pessoa se depara com alguém que não agride, não reage e não responde, o comportamento que assume diz muito sobre a sua essência. Este indivíduo revelou-se por inteiro para mim. Sei quem é. Não tem mistérios. Conheço-o melhor que todos. Sem máscaras, na essência. É um verme. A sua presença aqui na Terra resume-se a ser um F* da P* para os outros...
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Só uma coisa me deixa contente: não ser da família dele! Se aquilo fosse meu filho, eu morria de desgosto! Se fosse irmã dele, ficava triste. Um ano é tempo suficiente para saber que não há ali nada que se aproveite. Que tristeza, vir ao mundo para se ser um verme...
RIP: verme